quarta-feira, 3 de abril de 2013

Episódio de regressão marinha. Fonte: http://geojiram.wordpress.com/o-cabo-mondego/ Acessado em: 14/03/2013


Episódios de transgressões marinhas. Fonte: http://geojiram.wordpress.com/o-cabo-mondego/ Acessado em: 14/03/2013.


Esquema mostrando o ciclo da água.


Esquema de bacias hidrográficas. Fonte: Carvalho e Silva, 2006.


ATIVIDADE AVALIATIVA



RESUMO:

Este trabalho tem por objetivo apresentar a resolução de questões referentes a conteúdos de Geologia e Geomorfologia, salientando aspectos importantes dessas áreas para os estudos arqueológicos, isso pode ser empregado, por exemplo, na análise da história evolutiva da paisagem da região estudada. Os exercícios foram resolvidos em grupo, com reuniões em sala de aula e reuniões extra-sala, intencionando maior aprendizado dos alunos através da pesquisa, discussão e interação entre os mesmos. Além deste trabalho, os estudos resultaram também num blog, no qual estão expostos os presentes exercícios juntamente com apresentações em Power-point e vídeos referentes aos conteúdos abordados, possibilitando assim o acesso a um maior número de pessoas.
Palavras-chave: Geologia. Geomorfologia. Arqueologia.

Exercícios de Geomorfologia - 1

1) Você é selecionado para efetuar um trabalho em uma empresa e um dos fatores mais importantes que será levado em conta neste trabalho é a Geomorfologia. Mencione e descreva as principais características que você necessitará neste trabalho para o completo levantamento em campo.
Segundo Aziz Ab’Saber existem três níveis de tratamento. Primeiro: Caracterização e descrição do modelado. Segundo: Informação sobre a estrutura superficial da paisagem. Terceiro: Estudo dos processos morfoclimáticos e pedogenéticos. Levando em consideração que a contratação foi feita por uma empresa de Arqueologia, os trabalhos serão feitos em duas fases:
 Gabinete: 1 – Revisão bibliográfica, dentro da qual alguns dos temas abordados são: geologia geral, climatologia, pedologia, hidrografia e estudos arqueológicos já desenvolvidos na área. 2 – Levantamento de material cartográfico (mapas, fotos, imagens de satélite etc.). 3 – Análise do material levantado e cruzamento das informações. 4 – Traçar um roteiro para o trabalho de campo.
 Campo: 1 – Desenhos e fotografias da paisagem, com as devidas anotações que permitem a interpretação dos mesmos. 2 – Descrever o modelado e as principais mudanças da morfologia da área. 3 – Observar e descrever os níveis de superfície de aplanamento. 4 – Descrever a litologia e vegetação. 5 – Identificar o tipo de intemperismo predominante. 6 – Identificar os tipos de vale e sua relação com a litologia.

2) Descreva a origem, história (no mundo e no Brasil) e definição de Geomorfologia.
Geomorfologia é uma geociência que se localiza na interface das ciências geográficas e geológicas. Seu objeto de estudo é a superfície da crosta terrestre, no tocante à análise do relevo, objetivando explicar suas formas atuais através da gênese e evolução dos compartimentos e feições. A análise se utiliza do conhecimento das forças antagônicas: endógenas (atividades tectogenéticas) e exógenas (mecanismos morfoclimáticos), responsáveis pelas formas resultantes.
A origem das formas de relevo é um assunto questionado desde os tempos mais remotos. Durante a Idade Média pouca evolução existiu devido ao teocentrismo. Foi com o início do Renascimento que surgiram novos pensamentos e ideias. Leonardo da Vinci e Bernard Palissy foram os primeiros a questionar e compreender os mecanismos da erosão fluvial. Da Vinci reconheceu que os vales eram cortados pelos rios e que as correntes transportavam materiais de um local para outro. Outros o seguiram com diversos tipos de descobertas, como Buffon, Targioni, Tozetti, Guetthard e Bénédict de Saussure. No entanto foi a partir de James Hutton que se pode considerar o nascimento da moderna Geomorfologia, com a afirmação “o presente é a chave do passado”, estabelecendo assim a doutrina do uniformitarismo em oposição à do catastrofismo. Os conceitos de Hutton tiveram grande desenvolvimento com Charles Lyell. Importantes contribuições também foram dadas por Jean Louis Agassis, Andrew Ramsay e Richthoffen. Publicações com caráter essencialmente geomorfológico apenas começam a aparecer nos finais do século XIX. Em 1869, Peschel tentou juntar todos os princípios de formação de relevo, e foi seguido por A. Penck. Nos Estados Unidos um grupo de pesquisadores e pensadores formulavam as principais noções teóricas que separariam definitivamente a Geomorfologia da Geologia, podendo destacar J. Powell, G. Gilbert e C. Dutton. Consolidar e reunir todos os conceitos básicos da geomorfologia foi a função de William Moris Davis, o fundador da Geomorfologia. A sua ideia de que as diferentes formas de relevo podem ser explicadas por diferenças na estrutura geológica, processos geomorfológicos e o seu estado de desenvolvimento, enraizou-se firmemente no pensamento de muitos estudiosos do relevo. Foi durante as décadas de 1920 e 1930 que as ideias de Davis tiveram maior oposição, particularmente com Walther Penck e seus seguidores. A teoria de Davis teve ainda a função de provocar uma enorme evolução nos estudos que relacionavam as formas topográficas com a sua estrutura, dando origem à denominada Geomorfologia Estrutural. Posteriormente há o surgimento da Geomorfologia Climática.
A geomorfologia no Brasil se estrutura a partir da década de 1950, primeiramente motivada pela proliferação dos cursos de geografia e associada ao desenvolvimento econômico do país. Assim, além dos fatores científicos, é necessário considerar os fatores políticos-territoriais que impulsionaram à descoberta dos conteúdos do relevo, como por exemplo, quando da abertura de estradas e rodovias. Entre as décadas de 1950 e 1960 pode-se destacar os trabalhos de Aziz N. Ab’Saber e João José Bigarella, sendo este o momento em que os geógrafos e geomorfólogos brasileiros incorporam e desenvolvem a teoria da pediplanação, considerando o relevo a partir de uma base territorial, onde o clima e a biogeografia eram fundamentais para se compreender a diferenciação do relevo no Brasil e as sua próprias potencialidades.

3) Há três Teorias Geomorfológicas aceitas. Quais são estas teorias? Explique-as e faça um esquema ilustrativo detalhado de cada teoria.
Segundo CASSETI (2005), há quatro Teorias Geomorfológicas aceitas ao invés de três, conforme ele explicita na tabela a seguir:
Dentre as principais Teorias e modelos em geomorfologia pode-se destacar:
I. Teoria do Ciclo Geográfico (proposta por Willian Morris Davis em 1899): apresenta uma concepção finalista sistematizada na sucessão das formas de um ciclo ideal conforme descreve Christofoletti (1998), visão baseada nas áreas temperadas úmidas. Este modelo teórico se apoia na elaboração de três fases no processo de evolução do modelado terrestre: a juventude, maturidade e senilidade, podendo retornar novamente a uma fase de juventude através de movimentos epirogenéticos. Etapas de desenvolvimento: a)Processo denudacional iniciado pela emersão e surgimento de massas continentais; b)Atuação do sistema fluvial no entalhamento dos talvegues; c)A partir do entalhamento do talvegue o rio caminha rumo a um perfil de equilíbrio, caminhando orientado pelo nível de base; d)Por fim, o entalhamento produz nas vertentes desmoronamentos e ravinamentos, surgindo uma topografia de colinas; e)Após este processo tem o período da maturidade, que se caracteriza por uma estabilidade tectônica. Na fase da senilidade há a “sucessão de colinas rebaixadas, cobertas por um manto contínuo de detritos intemperizados e separados por vales com fundo largo” (Christofoletti, 1980, p.162), formando o que se denomina de peneplanícies. Isso demonstra um período onde o relevo apresenta formas predominantemente aplainadas, pronto para a execução de um novo ciclo a partir de um movimento epirogenético e a consequente quebra da estabilidade tectônica. Uma das lacunas deixadas por essa teoria reside exatamente na consideração do sistema fluvial como agente determinante, sem considerar outros fatores como decisivos na evolução e gênese do relevo.
II. Pedimentação e Pediplanação (proposto por King na década de 50): Se baseia no principio da atividade erosiva desencadeada por processos de ambientes áridos e semiáridos com a participação dos efeitos tectônicos, elaboradas ao longo do tempo em diferentes níveis, onde os soerguimentos de caráter epirogenéticos são decisivos. O principal ponto desta teoria está na formulação do chamado recuo paralelo das vertentes, conceito que se contrapõe a visão de Davis. Conforme CASSETI (1994, p.42), o processo que envolve o recuo das vertentes é acompanhado de um ajuste isostático. O modelo de King não estabelece um nível de base geral, propõem apenas um nível de base local ou regional sem que necessariamente seja o nível marítimo, o que desconsidera a participação dos períodos glaciais e inter-glaciais no processo de elevação do nível do mar, se opondo à visão davisiana.
A evolução da paisagem se inicia de um rápido soerguimento crustal em escala regional (movimentos epirogenéticos). Os processos erosivos se instalam a partir de cada novo ciclo, segundo a sequência: (1)incisão fluvial (2)recuo paralelo das encostas, criando pedimentos (a evolução do recuo por um período de tempo de relativa estabilidade tectônica possibilitaria a formação de extensos pediplanos); (3) rastejo do regolito junto aos relevos aplanados; (4) pedimentos se unem nos estágios finais do ciclo de erosão. Enquanto Davis chamava as grandes extensões horizontalizadas, no estágio senil, de peneplanos, King (1955) as considerava como pediplanos.
III. Teoria do Equilíbrio Dinâmico (Proposta por John Tilton Hack na década de 60): considera o modelado terrestre um sistema aberto, em constante troca de matéria e energia com demais sistemas. Baseia-se no principio de que o ambiente natural encontra-se em equilíbrio, porém não estático, graças ao mecanismo de funcionamento dos diversos componentes do sistema, considerando então que todas as partes da paisagem estariam simultaneamente em equilíbrio, embora elas pudessem estar ajustando sua forma às novas
condições. As taxas de deformação e de erosão são mantidas em equilíbrio dinâmico por longos períodos, assim como a paisagem, porém, em função da finita resistência das rochas, a amplitude topográfica não aumenta indefinidamente. Mesmo que as forças tectônicas persistam por longos períodos, o relevo enérgico cria forças excedentes que farão as encostas entrarem em colapso e a continuidade da ascensão da crosta permite que escorregamentos adicionais limitem a altura que a topografia atingirá. Conforme Christofoletti (1980), “a teoria do equilíbrio dinâmico baseia-se num comportamento balanceado entre os processos morfogenéticos e a resistência das rochas, e também leva em consideração as influencias distróficas na região”.
IV. Teoria Probabilística da Evolução do Modelado (difundido por Leopold e colaboradores na década de 60): seu fundamento básico está no conceito de entropia, o qual descreve tanto as formas de distribuição da energia em um determinado sistema, quanto suas possíveis respostas. Considerando-o na análise da Geomorfologia Fluvial, verifica-se que a bacia de drenagem é o sistema onde ocorre a distribuição da energia. Neste sentido, a entropia é expressa em termos de probabilidade, ou seja, dos vários estados possivelmente alcançados pelo sistema em resposta às entradas e à distribuição da energia. Dentro desta perspectiva, Leopold & Langbein (1962) afirmam que a condição mais provável existe quando a energia contida em um sistema fluvial é tão uniformemente distribuída quanto poderia ser permitido pelas restrições físicas. De acordo com os autores, a partir destas considerações gerais, são modeladas equações para descrever os perfis longitudinais dos rios e estas são matematicamente comparáveis aquelas observadas em campo.
No entanto, Leopold & Langbein (1962) admitem que equações hidráulicas são insuficientes para determinar a velocidade, profundidade, e inclinação dos rios, os quais são eles próprios autores de suas geometrias hidráulicas. Por isso, uma solução se tornaria possível pela introdução do conceito de que a distribuição de energia tende em direção ao mais provável. Esta solução conduziria a uma definição teórica de que a geometria hidráulica dos canais de drenagem concordaria intimamente com observações de campo.

Exercícios de Geomorfologia – 1a

1) Descreva de maneira bem detalhada como pode ser dividido o interior da Terra. Além disso, explique como se chegou a esta divisão.
A estrutura interna da terra é composta por esferas concêntricas de diferentes composições, sendo elas: litosfera, manto e núcleo. Litosfera: Camada superficial de espessura entre 10 a 40 km onde ocorrem os fenômenos geomorfológicos. É dividida em crosta (parte externa) e astenosfera (parte interna). De acordo com sua composição e espessura a crosta é dividida em: continental, oceânica e intermediária, sendo estas compostas por camadas sedimentar, granítica e basáltica. A astenosfera é uma camada plástica sob as massas continentais e oceânicas onde é produzida a maior parte de energia interna do planeta e é responsável pelos movimentos geomorfológicos. Manto: Camada intermediária entre a crosta e o núcleo que representa cerca de 80% do planeta; é dividido em: Superior (atinge até 90 km de profundidade) e Inferior (até 2900 km). O que separa o manto e a crosta é a Descontinuidade de Mohorovicic. O material de composição do manto pode estar em estado sólido ou como uma pasta viscosa a depender das pressões elevadas. Núcleo: Se inicia na parte final do manto interior e se estende até o centro do planeta, dividindo-se em núcleo exterior e interior. O núcleo exterior representa em média 30% da massa da Terra, devendo ser homogênio em função dos movimentos de convecção. Já o núcleo interior corresponde a 1,7% da massa da Terra e tem sua densidade conhecida apenas de modo aproximado. Chegou-se a essa divisão através da diferenciação de composições: Litosfera - Concentração de elementos leves Si, Al, K, Ca, Mg, Na, combinados com O; Manto - Materiais na zona intermediária, Si, O, Mg, Fe; Núcleo - Fe.

2) Qual a origem do calor dos corpos do sistema solar e como funciona o transporte de calor no interior da Terra?
Os corpos do sistema solar, desde os meteoritos até os grandes planetas, foram formados pela agregação de condensados do material original, em um processo chamado de acresção. A energia cinética do impacto dos fragmentos acretados acabou se transformando em calor, que elevou a temperatura do corpo alvo. O calor produzido em um corpo do sistema solar é proporcional ao seu volume, enquanto o calor que perdeu por irradiação é proporcional à sua superfície.

3) Como surgiu e quais foram as evidencias da Teoria da Deriva Continental? Por que ela não foi aceita de imediato pelo mundo acadêmico? Explique os motivos que esta teoria foi aceita com o passar dos anos.
A expressão Deriva Continental surgiu com o alemão Alfred Wegener, quando ele afirmou que há aproximadamente 200 milhões de anos atrás todos os continentes eram unidos num só, denominado Pangea, posteriormente sofreu rupturas e migrou em direções diversas. A primeira ruptura dividiu o supercontinente em duas partes, Laurásia e Gondwana, separados pelo mar de direção leste-oeste chamado Mar de Tethys. Essa teoria foi embasada pelas seguintes evidências: Ajuste geométrico da América do Sul e África; Correspondências litológicas, fossilíferas e de antigas zonas climáticas dos dois lados do Atlântico. Wegener não conseguiu provar qual era o mecanismo que fazia com que os continentes tivessem se afastado. Somente anos mais tarde foi possível tal comprovação com o auxílio do sonar, que veio a demonstrar que os movimentos decorriam das correntes de convecção. Outros estudos que vieram a corroborar com essa teoria foram os de paleomagnetismo das rochas e avanços da oceanografia.

4) O que são placas tectônicas e quais os tipos de limites entre as placas litosféricas?
A litosfera está subdividida em placas, as quais podem ser continentais, oceânicas ou mistas. São sete as placas principais, se originam nas dorsais oceânicas, elas são rígidas, descrevem movimentos laterais e, raramente, verticais. As placas litosféricas podem ser limitadas por: áreas convergentes ou frontais (onde há colisão entre placas, sendo representadas por sistemas de montanhas jovens), áreas divergentes (onde há separação nas placas a partir de um eixo de uma dorsal submarina), e áreas de movimentos conservativos (as placas passam uma ao lado da outra, formando as falhas de transformação, que são rupturas transversais a uma dorsal submarina).
5) Descreva o que é e quais os tipos de intemperismo? Como o intemperismo leva à formação dos solos?
Intemperismo/Meteorização: É o conjunto de modificações de ordem física (desagregação) e química (decomposição) que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da Terra. Erosão: Processos que transportam as rochas e os grãos de sedimento produzidos pelo intemperismo. A erosão expõe novas rochas ao intemperismo. A combinação de intemperismo e erosão levam à produção dos solos (pedogênese).
O intemperismo é normalmente classificado em Físico/Mecânico e Químico. Quando a ação (física ou bioquímica) de organismos vivos ou da matéria orgânica proveniente de sua decomposição participa do processo, o intemperismo é chamado de físico-biológico ou químico-biológico. Intemperismo Físico: Conjunto de fenômenos que produzem desintegração da rocha sem alterá-la quimicamente, sendo determinado por: mudança de temperatura; congelamento das águas; cristalização dos sais e ação mecânica do sistema radicular dos vegetais. Intemperismo Químico: Transformações químicas sofridas pelas rochas decorrentes da ação da água, oxigênio, ácidos orgânicos, etc. Dentre os principais processos estão: a oxidação; a hidratação; a carbonatação; a dissolução; a hidrólise.

6) Comente sobre as reações do intemperismo químico que podem ocorrer na natureza e qual a distribuição dos processos de intemperismo na superfície da Terra.
As principais reações do intemperismo químico que podem ocorrer na natureza, conforme citado na questão anterior, são:
 Oxidação: União do oxigênio livre ou da água com um elemento ou substância química;
 Hidratação: Minerais adquirem água do meio e aumentam de volume;
 Dissolução: Processo que atinge os minerais mais solúveis podendo ocorrer em profundidade, pelas águas subterrâneas, ou próximas a superfície, pela água de infiltração;
 Hidrolise: Decomposição de minerais e eliminação de elementos isolados.
A distribuição dos processos de intemperismo na superfície terrestre está relacionada aos parâmetros climáticos, essa distribuição divide-se basicamente em dois domínios:
 Regiões sem alteração química (14% da superfície dos continentes): Caracterizadas por uma carência total de água, resultantes de temperaturas abaixo de 0° ou secura extrema.
 Regiões com alteração química (86% da superfície dos continentes): Caracterizadas por certa umidade e existência de cobertura vegetal mais ou menos desenvolvida.

7) Explique de maneira detalhada os fatores que controlam a alteração intempérica.
Os fatores que controlam a ação do intemperismo são: o clima, que se expressa na variação sazonal da temperatura e na distribuição das chuvas; o relevo, que influi no regime de infiltração e drenagem das águas pluviais; a fauna e a flora, que fornecem matéria orgânica para reações químicas e remobilizam materiais; a rocha parental, que segundo sua natureza, apresenta resistência diferenciada aos processos de alteração intempérica e, finalmente, o tempo de exposição da rocha aos agentes intempéricos.

8) Como podem ser formados os depósitos minerais lateríticos? Quais são e onde eles se localizam no Brasil?
Formados em climas quentes e úmidos. Os depósitos lateríticos são formados através da remoção de minerais solúveis das rochas e da concentração de minerais menos solúveis, ocasionados pelo intemperismo químico. Podem ser de três tipos: Acumulação relativa (residual); Acumulação absoluta ou Processo misto. São eles:
 bauxíticos (Al): Trombetas (PA), Jari (PA), Paragominas (PA), Poços de Caldas (MG);
 ferruginosos (Fe): Carajás (PA), Urucum (MT), Quadrilátero Ferrífero (MG);
 manganesíferos (Mn): Amapá (AM), Carajás (PA), Urucum (MT), Quadrilátero Ferrífero (MG);
 niquelíferos (Ni): Carajás (PA), Santa Fé (GO), Niquelândia (GO), Barro Alto (GO);
 niobíferos (Nb) e fosfáticos (P): Calalão (GO), Araxá (MG), Tapira (MG);  titaníferos (Ti): Pernambuco, Goiás, Rio de Janeiro;
 caulínicos (Caulim): Rio Capim (PA), Jari (AM), Manaus (AM);  cromíferos (Cr): Bahia, Amapá, Minas Gerais.

Exercícios de Geomorfologia – 2

1) Explique a definição de vertentes e todos os seus agentes condicionantes.
Vertente é a porção inclinada da superfície terrestre que delimita formas de relevo positivas e negativas, podendo assumir as seguintes feições: convexas, côncavas, retilíneas e compostas (JATOBÁ & LINS, 2001).
Dentre seu agentes condicionantes, pode-se citar: litologia, clima, gravidade, vegetação e tectonismo: Litologia: A existência de fraturas e poros nas rochas facilita a ação dos agentes de meteorização e erosão. A presença da água em certos constituintes rochosos da vertente (por exemplo as argilas) provocam a diminuição da coesão entre estes, intensificando a erosão.
Clima: Intervém direta ou indiretamente, por exemplo, nos climas tropicais úmidos ocorre o processo de pedogenização com rápido crescimento da espessura do solo, diferentemente das regiões semiáridas onde ocorrem poucas precipitações de chuva e o desenvolvimento do solo é restrito. Os paleoclimas também colaboram na formação das vertentes, sendo identificáveis em algumas formas do relevo ou por meio de depósitos correlativos, como níveis de pediplanação e presença de paleopavimentos dentriticos (frequentes em climas intertropicais).
Gravidade: A declividade, o comprimento e a forma da vertente podem trazer informações sobre sua gênese. Quanto maior o grau de inclinação da vertente mais se vai fazer sentir a ação da força gravitacional.
Vegetação: A cobertura vegetal além de funcionar como um elemento de agregação do solo, desempenha um papel protetor, defendendo a zona de vertente contra a erosão, diminuindo os seus efeitos sobre as vertentes. Na ausência desta cobertura vegetal, a zona de vertente encontra-se mais sujeita à ação da meteorização e da erosão, facilitando a ocorrência de movimentos de massa.
Tectonismo: É um dos principais responsáveis pela formação das reentrâncias e saliências da superfície terrestre, possibilitando o surgimento das vertentes.

2) Descreva de maneira bem detalhada os processos de erosão (laminar e linear).
Erosão laminar: Ocorre quando o escoamento de água leva a superfície do terreno, de forma homogênea, transportando as partículas em suspensão, sem formar canais preferenciais. O solo carregado pelas águas pode assorear os rios e contribuir para o agravamento das inundações.
Erosão linear: diz respeito ao escoamento concentrado da água e, consequentemente, ao deslocamento das partículas do solo que também é concentrado, dando origem às denominadas incisões erosivas, que podem ser sulcos, ravinas e voçorocas.
Na maioria das vezes pode ocorrer o escoamento superficial e subsuperficial simultaneamente (OLIVEIRA, 1994).
Nas fases iniciais os sulcos e ravinas continuam a erosão provocada pelas chuvas e precipitações intensas, já as voçorocas é o estágio avançado onde as ravinas conseguem atingir o lençol freático ocasionando abalos e desmoronamentos. A ação antrópica pode contribuir no processo da erosão linear.
Os processos erosivos podem ser decorridos de vários fatores, tais como declividade, absorção da água pelo solo, resistência do solo quanto à erosão, comprimento do declive e a densidade da cobertura vegetal.

3) O que significa movimentação de massa? Qual sua importância para a evolução geomorfológica de uma área qualquer? Explique os tipos de movimentação de massa.
O regolito e todo material desagregado da rocha, pela ação do intemperismo da rocha matriz, sofrem uma ação continua da gravidade. Enquanto a rocha que não sofreu intemperismo se torna resistente a essa ação constante, o regolito e o material desagregado são mais suscetíveis à gravidade. Quando ocorre a movimentação desses materiais em direção as partes mais baixas, dar-se o nome de Movimento de Massa, ou seja, são quaisquer movimentações de rochas ou regolito numa superfície inclinada, induzido principalmente pela gravidade. Os movimentos de massa são eventos erosivos/deposicionais importantes, pois são modeladores da superfície terrestre, ou seja, da paisagem.
Os processos de movimentação de massa atuam continuamente em todas as vertentes, sendo que algumas movimentações ocorrem de forma lenta, de forma que é quase imperceptível pelo homem, já outros se desenvolvem rapidamente podendo atingir altas velocidades. Muitas vezes as consequências dessas movimentações são grandes catástrofes.
Devido a essa constante ação da gravidade sobre esse sistema, as encostas estão em constante evolução. O material que é retirado do topo da montanha é removido para partes mais baixas. Essa movimentação pode ser rápida ou devagar, dependendo das condicionantes da formação das encostas. Quando um material é retirado do ponto original, e é transportado o mesmo fica em repouso em outro ponto, chamamos esse fenômeno de Erosão.
A água das chuvas é o principal fator de erosão e intemperismo nas encostas. A erosão pluvial provoca desde uma erosão na escala de partículas, a uma escala de encosta, no caso ravinas e voçorocas. As ravinas e as voçorocas são de grande contribuição para o movimento de massa nas encostas, devido a um escoamento superficial em lençol que ao longo do tempo da chuva se concentram em filetes de água, formando sulcos, que são chamados de ravinas, que no decorrer do tempo e com a ajuda do escoamento subsuperficial que chegando ao lençol freático, provoca a voçoroca.
São diversas as variáveis que determinam se uma encosta é estável ou instável: o ângulo de repouso, a natureza do material na encosta, a quantidade de água infiltrada nos materiais, a inclinação da encosta e presença de vegetação. Esses fatores são condicionantes e dirão através de observação e monitoramento se a encosta tem risco de sofrer movimento. Entretanto, nem sempre a água é o fator detonador do movimento e sim que o torna mais avassalador. Tipos de movimentação de massa:
Corridas - São movimentos rápidos onde os materiais se comportam como fluidos altamente viscosos. Elas estão associadas com a grande concentração de água superficial. Caracteriza-se pela afluência de grande quantidade de material para a drenagem. Parte argilosa desse material se mistura com a água, formando um liquido viscoso que flui para as partes baixas. Por conta da velocidade e densidade elevada, possui alto poder de destruição e um extenso raio de ação. Na maioria das vezes a fonte do material que aflui para a drenagem são escorregamentos que ocorrem a montante, no caso são movimentos que se assemelham a avalanches.
Escorregamentos – Caracterizam-se como movimentos rápidos de curta duração, com planos bem definidos. São feições longas, podendo apresentar uma relação 10:1, comprimento. Podem ser divididos em dois tipos:. Translacionais: Representam a forma mais freqüente entre os tipos de movimento de massa, possuindo superfície de ruptura com forma planar, a qual acompanha, de modo geral, descontinuidades mecânicas e/ou hidrológicas existente no interior do material. O escorregamento afeta parcialmente o manto de alteração de uma encosta, possui limites bem definidos tanto em profundidade como lateralmente e são rápidos, ocorrendo em frações de segundos a minutos.
Quedas de blocos – São movimentos rápidos de blocos e/ou lascas de rocha que caem pela ação da gravidade, sem a presença de uma superfície de deslizamento, na forma de queda livre. Existe ainda uma categoria denominada rastejamento sendo definida basicamente pela sua velocidade, devido à natureza lenta do movimento.

4) Explique o balanço de equilíbrio de denudação.
A denudação é um termo geológico que indica a remoção da superfície de uma região por conseqüência do efeito erosivo. Podemos dizer que é a exposição de porções subjacentes à superfície em processo de erosão. Envolve intemperismo e transporte de material e todos os processos concernentes à erosão. Os processos tectônicos internos da crosta inicialmente podem gerar montanhas e vales principalmente em regiões orogenéticas.
A partir dos processos de denudação e dissecação haverá pediplanação e/ou peneplenação até que novos processos de movimentação tectônica ocorram novamente. O processo denudacional que individualiza a maturidade, para Davis, caracteriza-se pelo rebaixamento do relevo de cima para baixo ( wearing-down : desgastar para baixo), o que torna necessário admitir a continuidade da estabilidade tectônica, bem como dos processos de erosão. O relevo, ao atingir o estágio de senilidade, seria submetido a novo soerguimento
rápido, que implicaria nova fase, denominada rejuvenescimento, dando seqüência ao ciclo evolutivo da morfologia.

5) Quais são as grandes unidades de relevo brasileiro? Explique-as. Quais as suas relações com as litologias e climas encontradas em cada área? 
De acordo com Jurandyr Ross (1989) o relevo brasileiro pode ser classificado em três tipos: planaltos, planícies e depressões. Esses resultam principalmente da ação das forças internas da Terra e da sucessão de ciclos climáticos, cuja alternância de climas quentes e úmidos com climas áridos ou semi-áridos favoreceu o processo de erosão.
Na elaboração desta classificação Ross levou em consideração três importantes fatores geomorfológicos:  Morfoestrutura – origem geológica;  Paleoclima – ação de antigos agentes climáticos;  Morfoclima – influência dos atuais agentes climáticos. Os critérios estabelecidos possibilitam a conjugação do passado geológico e do passado climático com os atuais agentes escultores do relevo. Os três tipos de relevo compõem, em conjunto, 28 unidades do relevo brasileiro divididas em onze planaltos, seis planícies e onze depressões, que recebem nomes diferentes de acordo com suas características e localização.  Planaltos - porções residuais salientes do relevo, que oferecem mais resistência ao processo erosivo, são delimitadas por escarpas onde o processo de desgaste supera o de acúmulo de sedimentos. Apresentam diferenças, de acordo com sua estrutura geológica e sua evolução geomorfológica.  Planícies- superfícies essencialmente planas, nas quais o processo de sedimentação supera o de desgaste. São terras e geralmente planas, de sedimentação recente, em pleno processo de formação, que ocorre em decorrência da sucessiva deposição de material de origem marinha, lacustre ou fluvial.  Depressões- áreas rebaixadas por erosão que circundam as bordas das bacias sedimentares, interpondo-se entre estas e os maciços cristalinos. Nessas unidades de relevo as marcas dos climas do passado e a alternância das diversas fases de erosão são mais facilmente notadas. Os pontos mais altos do relevo brasileiro são: o Pico da Neblina (com 2993,78 m de altitude) e o Pico 31 de Março (com 2972,66 m de altitude). As baixas altitudes dos relevos brasileiros são devido ao brasil está situado sobre uma enorme placa tectônica onde não há choque com outras placas, que originam os chamados dobramentos modernos, que são resultantes do movimento de colisão entre placas, onde uma empurra a outra chamado movimento convergente.
O relevo interfere em alguns casos no clima de uma região, por exemplo, quando o relevo impede a passagem de massas de ar que poderiam determinar as configurações climáticas de um lugar. A litologia de uma determinada área refere-se aos processos de litificação, ou as categorias referentes a esses mesmos processos e aos tempos geológicos em que ocorreram. Litologia está relacionada à rocha que irá formar o solo. A rocha formadora do solo (litologia) pode ser o material de origem do solo, porem em solos profundos (solos de regiões tropicas) o material de origem é o regolito, que vem da alteração da rocha. Logo as variações litológicas são as variações que as rochas sofrem no decorrer do tempo resultando em um tipo de solo. No entanto, fica evidente a influência do relevo no clima e litologia de determinada área, na medida em que, estão interligados, recebendo e exercendo influência entre si.

Exercícios de Geomorfologia - 3

1) Quais as definições de geomorfologia fluvial, rios, bacia hidrográfica e ciclo hidrológico. 
A Geomorfologia fluvial estuda os processos de erosão e deposição das formas de relevo relacionadas ao escoamento de canais fluviais. A carga sólida dos rios é a ferramenta da erosão, sendo fornecida pelo intemperismo e pelos processos de denudação sobre as vertentes dos vales. A Geomorfologia fluvial baseia-se na interação entre três fatores: vazão; declividade e tipo de sedimento transportado. A vazão é determinada pelo volume de água. A declividade pelo relevo. E o sedimento pelo tipo de transporte.
Os Rios são agentes importantes no transporte dos materiais intemperizados das áreas elevadas para as mais baixas e dos continentes para o mar. Sua importância é fundamental entre todos os processos morfogênicos. O transporte dos sedimentos ou fragmentos desagregados de uma rocha pode ocorrer de maneiras distintas: suspensão (silte e argila), saltação (areias e seixos), e solução (argila e colóides). Logo, temos três tipos de rios: retilíneos - caracterizados pelo baixo volume de carga de fundo, alto volume de carga suspensa e substrato homogêneo, anastomosados - caracterizam-se por sucessivas ramificações e reencontros de seus cursos, separando ilhas assimétricas de barras arenosas, meandrantes - são canais ondeados cuja carga de suspensão e de fundo encontram-se em quantidades mais ou menos equivalentes, possuem fluxo contínuo e regular.
As bacias hidrográficas exercem importante relevância prática para os hidrologistas, sendo definidas como superfície do terreno, drenada por um rio principal (talvegue) com seus afluentes e subafluentes. A existência de nascentes, divisores de águas, cursos de água, os principais e os secundários, ou seja, os afluentes e os subafluentes constituem a bacia hidrográfica. A mesma evidencia a organização natural dos rios por ordem de menor volume para os de maior volume, que vai das partes mais altas para as mais baixas.
De acordo com Carvalho e Silva (2006) o ciclo hidrológico refere-se ao movimento e à troca de água nos seus diferentes estados físicos, que ocorre na Hidrosfera, entre os oceanos, as calotas de gelo, as águas superficiais, as águas subterrâneas e a atmosfera. O sol e a precipitação exercem importante papel, na medida em que o primeiro fornece energia para elevar a água da superfície terrestre para a atmosfera (evaporação), e a gravidade faz com que a água condensada precipite. A precipitação origina o ponto de partida para todas as análises hidrológicas de pequenas bacias hidrográficas, e uma vez na superfície, circula através de linhas de água que se reúnem em rios até atingir os oceanos (escoamento superficial) ou se infiltre nos solos e nas rochas, através dos seus poros, fissuras e fraturas (escoamento subterrâneo). Vale ressaltar que nem toda a água precipitada alcança a superfície terrestre, visto que uma parte pode ser interceptada no decorrer da sua queda pela vegetação. O que ocasiona a sua evaporação.

2) O que se pode entender por nível de base. Explique os processos de regressão e transgressão marinha.
O nível de base é representado pela linha altimétrica, ou seja, o ponto ou plano mais baixo sob o qual a erosão das águas correntes deixa de atuar, não consegue mais erodir. O nível de base de uma região muda conjuntamente com o nível relativo do mar. Existem dois tipos fundamentais de nível de base: o nível de base permanente ou geral, que corresponde à extensão plana dos oceanos e ao qual se associa a idéia de limite para a evolução dos processos fluviais; e o nível de base local ou temporário, que se pode considerar como um limite provisório de erosão vertical, atuando na forma de uma linha imaginária horizontal acima da erosão e abaixo do local onde ocorre a sedimentação. 
Em episódios de transgressão marinha, o nível de base sobe aumentando a área de deposição em decorrência do abatimento de algumas regiões ou através do derretimento de grandes extensões da calota polar. Consequentemente ocorre o avanço dos mares por sobre as terras emersas, gerando uma conseqüente elevação do nível do mar. 
Regressão marinha é um processo geológico caracterizado pela retração ou contração dos mares em relação às terras, gerando um conseqüente rebaixamento do nível do mar, ocasionando inundações.
As transgressões e regressões marinhas podem ser causadas por eventos tectônicos, como epirogêneses, as alterações climáticas graves, como as eras glaciais ou ajustes isostáticos após a remoção do gelo, ou até mesmo a carga de sedimentos.

3) Quais os principais parâmetros envolvidos nos processos erosivos e sedimentares de um rio. Explique-os. Explique os fenômenos envolvidos no transporte de sólidos dissolvidos ou em suspensão em rio? Existe correlação entre a concentração destes com as épocas secas e úmidas? Se sim, explique está correlação. 
A erosão é um fenômeno natural provocado pela desagregação de materiais da crosta terrestre pela ação dos agentes exógenos, tais como as chuvas, os ventos, as águas dos rios, entre outros. Essas partículas que compõem o solo são deslocadas de seu local de origem, sendo transportadas para as áreas mais baixas do terreno. De acordo com Guerra (2004) as principais causas para a ocorrência desses processos de erosão são o desmatamento e posterior uso do solo para a agricultura e pecuária, mas a construção civil, o crescimento das cidades, a mineração e outras atividades econômicas são significativas na erosão acelerada. No entanto, fica evidente a influência da ação humana no processo erosivo.
De acordo com a sua origem o processo erosivo é classificado em diferentes tipos. Abordaremos a seguir questões relacionadas à erosão fluvial, essa se realiza através de processos de corrosão, corração, evorsão e cavitação.
 Corrosão: é o processo químico onde as rochas do fundo do leito são atacadas pela água, o que resulta a decomposição lenta das mesmas, ou seja, se realiza como reação entre a água e as rochas superficiais que com ela estão em contato;
 Corração: é o desgaste pelo atrito mecânico através do impacto de partículas carregadas pela água, ou seja, é gerada pelo turbilhonamento da água carregada de elementos sólidos;
 Evorsão: Este tipo de erosão gera-se pela pressão exercida através do movimento turbilhonar no fundo do leito, este processo escava depressões conhecidas por “marmitas”, e estas são geralmente circulares;
 Cavitação: Processo pela qual as rochas do leito se fragmentam em decorrência do impacto de elevadas e variadas pressões que são causadas pela alta velocidade da água. Esse processo erosivo ocorre geralmente em rios acidentados ;
A diminuição da capacidade fluvial ocasiona a deposição da carga detrítica carregada pelos. A redução do volume de água, da declividade, ou até mesmo o aumento da carga de detritos em um rio trazem como resultado a diminuição dessa capacidade. Os detritos das
rochas são transportados pelos rios de três formas, como já foi mencionado na primeira questão desse exercício.
As correntes de água são capazes de carregar sedimentos (grânulos e areias) em saltos sucessivos, sendo os mesmos transportados pelos rios de três maneiras distintas:
 Suspensão – partículas de granulometria reduzida são transportadas pelo fluxo turbulento, por exemplo, argila e silte;
 Saltação – transporte de cargas do leito do rio (areia, seixos, fragmentos);
 Solução – partículas dissolvidas são transportadas na mesma velocidade da água, e são carregadas até a água “caminhar”;
A maior parte da carga em suspensão é transportada pelos os rios em épocas de grandes vazões. Com a elevação do nível do mar, o canal é escavado em direção às margens e ao fundo. O aumento da velocidade propicia o transporte da carga vinda de montante (próximo das cabeceiras) e dos fragmentos maiores. Quando ocorre a diminuição da velocidade, a carga é novamente depositada, nesse processo o material que se encontrava no leito é movido para baixo, e assim o leito é ocupado por novos sedimentos. Em épocas em que a vazão do rio encontra-se baixa, grande maioria da carga que se encontra em suspensão é depositada, e esse material recebe o nome de aluvião, que se caracteriza como um depósito de sedimentos clásticos (areia, lama ou cascalho) formado por um sistema fluvial no leito e nas margens da drenagem.

4) O que são deltas e planícies de inundação? Explique os tipos de canais fluviais e os padrões de drenagem. 
Os deltas correspondem à foz de um curso de água em que os aluviões fluviais se acumulam em vez de serem redistribuídos pelas vagas e correntes litorais.Deste modo, os deltas caracterizam-se por um avanço da terra em relação ao mar. É justamente esse traço que identifica os deltas. No fundo, um delta representa o oposto de um estuário, porque no caso do delta as acções fluviais, de origem continental, dominam sobre as acções marinhas (Paskoff, 1985). Uma das condições para que haja formação de deltas são as fracas ondulações e correntes marítimas, pois ocasiona a difícil dispersão dos sedimentos trazidos por um rio e sua acumulação pontual.
As enchentes ocasionam a inundação em áreas próximas aos rios que acabam se tornando o leito de um rio. As planícies de inundação são formadas pelas aluviões e materiais variados depositado no canal fluvial ou até mesmo fora dele, ocorrem normalmente, no baixo curso do rio onde o relevo, mais desbastado pela erosão do que à montante, apresenta pequeno gradiente topográfico, em conseqüência, a energia fluvial é diminuída e não consegue carregar muito da carga sedimentar do rio que é depositada, ocasionando os sedimentos fluviais. Na vazante, o escoamento está restrito a parcelas do canal fluvial, onde há a deposição de parte da carga detrítica com o progressivo abaixamento do nível das águas. Ao contrário, com as cheias, há a elevação do nível das águas que, muitas vezes transbordando por sobre as margens, inundam as áreas marginais.
Várias são as formas assumidas pelos deltas. A morfologia deposicional de uma planície deltaica geralmente é caracterizada pelo desenvolvimento de diques naturais bordejando os canais fluviais, que são arranjos espaciais que o leito apresenta ao longo do rio.
A seguir apresentaremos os tipos de canais fluviais:
 Canais retos - são aqueles em que o rio percorre um trajeto retilíneo, sem se desviar significativamente de sua trajetória normal em direção à foz. Os canais verdadeiramente retos são raros na natureza, existindo principalmente quando o rio está controlado por linhas tectônicas, como no caso de cursos de água acompanhando linhas de falha. Sua presença exige também a existência de um embasamento rochoso homogêneo, pois cão contrário o rio fatalmente se desviará em sua trajetória.
 Canais anastomosados - são os formados em condições especiais, altamente relacionadas com a carga sedimentar do leito. Quando o ri transporta material grosseiro em grandes quantidades e não tem potencia suficiente para conduzi-lo até o seu nível de base final, deposita-o no próprio leito. O obstáculo natural que então se forma, pela rugosidade e saliências, faz com que o rio se ramifique em múltiplos canais, pequenos e rasos, e desordenados devido às constantes migrações entre ilhotas. Os trechos anastomosados sempre se localizam ao longo do curso fluvial, pois no ponto de início como no ponto terminal deverá haver um único canal.
 Canais meândricos - são aqueles em que os rios descrevem curvas sinuosas, largas, harmoniosas e semelhantes entre si, através de um trabalho contínuo de escavação na margem côncava (ponto maior da velocidade da corrente) e de deposição na margem convexa (ponto de menor velocidade).
 Canal ramificado - surge quando existe um braço de rio que volta ao leito principal, formando uma ilha. Essa junção pode se verificar até dezenas de quilômetros a jusante.
Os padrões de drenagem referem-se ao arranjo espacial dos cursos fluviais, que podem ser influenciados em sua atividade morfogenética pela natureza e disposição das camadas rochosas, pela resistência litológica variável, pelas diferenças de declividade e pela evolução geomorfológica da região. Os tipos básicos dos padrões de drenagem são:
 Drenagem dendrítica - também chamada de arborescente, pois seu desenvolvimento assemelha-se à configuração de uma árvore. Esse padrão é tipicamente desenvolvido sobre rochas de resistência uniforme, ou em estruturas sedimentares horizontais.
 Drenagem em treliça - composto por rios principais conseqüentes, correndo paralelamente. O controle estrutural sobre esse padrão de drenagem é muito acentuado devido à desigual resistência das camadas inclinadas, aflorando e faixas estreitas e paralelas, e o entalhe dos tributários subseqüentes sobre as rochas mais frágeis promove a formação de cristas paralelas, por causa das camadas mais resistentes, acompanhadas de vales subseqüentes nas rochas mais brandas.
 Drenagem retangular – é uma modificação da drenagem treliça, caracterizando pelo aspecto ortogonal devida às bruscas alterações retangulares no curso das correntes fluviais, tanto nas principais como nas tributárias. Essa configuração é conseqüência da influência exercida por falhas ou pelo sistema de juntas ou diaclases.
 Drenagem paralela – a drenagem é denominada de paralela quando os cursos de água, sobre uma área considerável ou em numerosos exemplos sucessivos, escoam quase paralelamente uns aos outros. Esse tipo de drenagem localiza-se em áreas onde há presença de vertentes com declividades acentuadas ou regiões com lineamentos topográficos paralelos.
 Drenagem radial - composta por correntes fluviais que se encontram dispostas como os raios de uma roda, em relação a um ponto central. Pode desenvolver-se sobre os mais diversos embasamentos e estruturas. Duas configurações destacam-se: a centrífuga (correntes conseqüentes e divergem a partir de uma área em posição elevada, como as desenvolvidas em domos, cones vulcânicos, morros isolados e em outros tipos de estruturas isoladas de forma dômica) e a centrípeta (os rios convergem para um ponto ou área central, localizada em posição mais baixa, como as desenvolvidas em bacias sedimentares periclinais, crateras vulcânicas e depressões topográficas.
 Drenagem anelar – são típicas das áreas das áreas dômicas profundamente entalhadas, em estruturas com camadas duras e frágeis. A drenagem acomoda-se aos afloramentos das rochas menos resistentes.
 Drenagem desarranjadas ou irregulares – são aquelas que foram desorganizadas por um bloqueio ou erosão, como a da glaciação sobre amplas áreas, ou resultam do levantamento ou entulhamento de áreas recentes, nas quais a drenagem ainda não conseguiu se organizar.

5) Qual a importância da geomorfologia litorânea? Defina zonas intertidal e sub-litorânea.
A geomorfologia litorânea tem sua grande importância ao se preocupar com o estudo das paisagens resultantes da morfogênese marinha, na zona de contato entre as terras e os mares. O estudo da geomorfologia litorânea não se restringe à parcela territorial atualmente sob a influência da morfogênese marinha, mas inclui toda a zona que foi afetada por tais processos, em virtude dos movimentos relativos do nível das terras e das águas no transcurso do passado geológico recente.
A zona intertidal (shore) é a que se estende entre o nível normal da maré baixa e o da efetiva ação das ondas nas marés altas. Pode ser subdividida em:
 Zona intertidal menor (foreshore) – exposta durante a maré baixa e submersa no decorrer da maré alta;
 Zona intertidal maior (backshore) – que se estende acima do nível normal da maré alta, inundando-se com as marés altas excepcionais ou pelas grandes ondas durante as tempestades.
A linha do litoral (shoreline) é, estritamente, a linha que demarca o contacto entre as águas e as terras, variando com os movimentos das marés entre os limites da zona intertidal. Além dela, é preciso distinguir a zona sublitorânea interna (nearshore), que se estende entre a linha do litoral e aquela na qual ocorre a arrebentação das ondas, e a zona sublitorânea externa (offshore), que se estende da linha de arrebentação em direção das águas mais profundas, até um limite arbitrário.

6) Explique os fatores responsáveis pela morfogênese litorânea e as forças marinhas atuantes.
Os processos morfogênicos atuantes sobre as formas de relevo das costas são controlados por vários fatores ambientais, como o geológico, o climático, o biótico e os fatores oceanográficos. Esses fatores variam de um setor a outro da costa, assim como na escala da variação temporal.
 O controle geológico torna-se óbvio nas costas escarpadas, cujos aspectos estão relacionados com a estrutura e litologia. Nas áreas em que as estruturas apresentam ângulos em relação ao litoral, as costas tendem a ser recortadas, naquelas em que há paralelismo entre ambos, a costa tende a ser reta. Os movimentos tectônicos, como falhamentos, vulcanismo e dobramentos, possuem sensível influência no modelado costeiro.
 O fator climático é importante, pois controla a meteorização dos afloramentos rochosos, que sofrem a ação de processos físicos, químicos e biológicos, relacionados às condições subaéreas e à presença ou proximidade do mar. O vento, dentre os elementos climáticos, assume a função importante na morfogênese litorânea por causa da edificação de dunas costeiras, e por gerar ondas e correntes que, juntamente com as marés, estabelecem o padrão de circulação das águas marinhas nas zonas litorâneas e sublitorâneas.
 O fator biótico é fortemente influenciado pelas condições climáticas, que estabelecem os limites responsáveis pela presença ou ausência de determinados organismos. Os organismos podem apresentar conseqüências erosivas, escavando e promovendo a desagregação dos minerais das rochas, ou protetoras ou construtivas, facilitando a retenção dos sedimentos e acumulando seus detritos.
 O fator oceanográfico relaciona-se com a natureza da água do mar, apresentando variações na salinidade que oscila desde os baixos teores, como no Mar Báltico, até aos mais elevados, como os do Mar Vermelho e das áreas oceânicas em zonas áridas. O sal da água tem poder corrosivo, e compressivo, quando da cristalização, atuando como processo de meteorização no ataque dos afloramentos rochosos; por outro lado, condiciona ambientes ecológicos distintos, possuidores de fauna e de flora específicas as quais, por sua vez, influenciam nos processos de meteorização, transporte e deposição dos sedimentos ao longo da faixa litorânea.
As principais forças atuantes na morfogênese litorânea são:
 Ondas – resultam da ação dos ventos, representando a transferência direta da energia cinética da atmosfera para a superfície oceânica. Quanto maior a velocidade do vento, a sua duração e a extensão da área sob a influência eólica, maiores serão as ondas. As ondas transmitem energia e executam a maior parte do trabalho de esculturação das paisagens costeiras. Os movimentos da onda podem ser: orbital (ou circular), elíptico e linear (vaivém).
 Correntes de deriva litorânea - surgem quando as ondas não atingem perpendicularmente o litoral, mas com determinado ângulo. A incidência da onda faz-se de
acordo com o referido ângulo, mas a retratação das águas processa-se em sentido perpendicular, propiciando movimentação dos detritos numa trajetória em ziguezague, cuja resultante é um transporte paralelo à costa.
 Correntes longitudinais - são resultantes da refração das ondas, que fluem ao longo das costas, a partir das saliências, onde a concentração das ondas eleva o nível da água para os eixos das enseadas adjacentes, onde o nível da água é mais baixo. As correntes longitudinais são responsáveis pelo transporte dos detritos provenientes da abrasão das pontas rochosas.
 Marés – influenciam indiretamente na esculturação litorânea e relaciona-se com as variações do nível do mar que lhe são implicadas. A ação das ondas pode atuar sobre uma amplitude vertical muito ampla e, por tal razão, sua influência é mais acentuada onde as marés são maiores. As marés também podem gerar correntes.

7) Explique as formas de relevo litorâneo e os tipos de costas que podem existir em uma área litorânea.
As formas de relevo litorâneas são resultantes tanto da ação erosiva como da deposição que caracterizam as costas escarpadas e as costas baixas ou planas. São elas:
 Falésia – é um ressalto não coberto pela vegetação, com declividades muito acentuadas e de alturas variadas, localizado na linha de contato entre a terra e o mar. À medida que a falésia vai recuando para o continente, amplia-se a superfície erodida pelas ondas que é chamada de terraço de abrasão. Os sedimentos erodidos das falésias são depositados em águas mais profundas, constituindo o terraço de construção marinha, e formando um plano suavemente inclinado em conjunto com o terraço de abrasão. Esse é o plano de ação das sacas e da deriva litorânea.
 Praia – é o conjunto de sedimentos, depositados ao longo do litoral, que se encontra em constante movimento. O sedimento dominante é formado pelas areias, mas as praias também podem ser formadas por cascalhos, seixos, argilas e elementos mais finos que as areias.
 Restinga – São barreiras ou cordões litorâneos, formadas por faixas arenosas depositadas paralelamente à paia, que se alongam tendo ponto de apoio nos cabos e saliências do litoral. Colocam-se acima do nível normal da maré alta e, à medida que se estendem, vão se separando do mar parcelas de água que se transformam em lagoas litorâneas.
 Dunas – são formadas em locais onde a velocidade do vento é adequada para o transporte eólico. Nelas são encontradas areias de granulometria fina.
A linha de costa pode ser muito retilínea ou muito recortada – de acordo com a natureza da rocha, a estrutura e o movimento da costa. A classificação de Gilsanz (1996) se baseia na morfologia, ou seja, na aparência da costa:
1. Costa de foz de Drenagem - quando a foz fluvial é o elemento mais importante do cenário. São classificadas em:
 De Ria – imersão do litoral com a conseqüente invasão do mar nos vales modelados pela erosão fluvial; quente e úmido.
 De Fiorde – corredores estreitos e profundos num litoral alto, cavados por erosão glaciária e que hoje estão invadidos pelo mar; glaciais e periglaciais.
 De Delta – os depósitos aluviais avançam na direção do mar.
2. Costa Intermediária:
 Ilha Barreira – Forma-se por acúmulo de areia resultante do retrabalhamento de sedimentos transportados pelas ondas, ou seja, através dos processos marinhos, além disso se desenvolvem paralelamente à costa.
3. Costa de Deposição:
 De Praias - sedimentos depositados ao longo do litoral, que se encontra em constante movimento. Sua extensão é considerada até aproximadamente 1 km. De Planícies de marés - áreas planas situadas no litoral que foram aplainadas pela ação marinha e que por convenção, estendem-se por mais de 1 km.
4. Costas derivadas de outros fatores:
 Influência tectônica – ocorre a presença de paredões rochosos, onde a estrutura é que determina o desenvolvimento das feições.
 Arrecifes e atóis – presença de obstáculos naturais, de origem arenosa e acoralítica, entre as quais podemos citar os atóis, que são áreas de origem vulcânica, com formato circular e contendo uma laguna central.

Referências Bibliográficas

ARMESTO, Regina Célia Gimenez. Caderno III Ação das chuvas no planeta Terra in: Temas Geológicos para Educação Ambiental–Serviço Geológico do Brasil (CPRM). CASSETI, Valter. Ambiente e apropriação do relevo. São Paulo: Contexto, 1991. 147p.
CASSETI, Valter. Geomorfologia.[S.l.]: [2005].
CARNEIRO, Gabriel Tenaglia. Suscetibilidade à Erosão Laminar na Área do Reservatório da Usina Hidrelétrica de Cana Brava-Minaçu-Goiás. Goiânia: Universidade Católica de Goiás, 2007.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. 2º Ed., São Paulo: Edgard Blucher, 1980. CHRISTOFOLETTI, Antonio. Geomorfologia fluvial. São Paulo: Edgard Blucher, 1981. 1v.
FARIA Alexandra; CARVALHO, Ana Felipa; PAVAO, Carolina; GOMES, Sofia. Zonas de vertente. Escola Secundaria Domingo Rebelo 08/07/2011.
JATOBÁ, L.; LINS, R. C.. Introdução à Geomorfologia. 3ª. ed. Recife: Edições Bagaço, 2001. v. 1. 159p.
LEITE, Adriana Figueira. Análise teórico-filosófica dos modelos de evolução da paisagem: tendências passadas e atuais. Costa Rica: Revista Geográfica de América Central. Número Especial EGAL, 2011, p. 1-17.
OLIVEIRA, A. M. S., Brito, S. N. A. Geologia de Engenharia. São Paulo: ABGE, 1998.
PENTEADO, M. M. Fundamentos de Geomorfologia. 2º Ed. Rio de Janeiro: FIBGE, 1979.
ROSS, Jurandir. Geografia do Brasil. São Paulo: Editora USP, 1996.
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M. de; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000, 568 p. VITTE, A. C. Breve História da Geomorfologia no Brasil. In: Paulo Roberto Albuquerque Bonfim & Manoel Fernandes de Sousa Neto. (Org.). Geografia e Pensamento Geográfico no Brasil. 1ed. São Paulo: Annablume, 2010, v. 1, p. 63-80.

GEOMORFOLOGIA. Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=GY4sp-tjHyg Acessado em: 28/03/2013


Intemperismo. Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=tQNg4zXA5XA Acessado em: 28/03/2013


Placas Tectônicas. Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=5cH0Ku64CzQ Acessado em: 28/03/2013


FORMAS DO RELEVO. Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=eHZQHcJpAF8 Acessado em: 27/03/2013


Geomorfologia Fluvial - transporte de sedimentos por um rio. Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=B6p5jXDhDvI Acessado em: 27/03/2013


Earth Revealed - Erosão e Deposição (Geomorfologia Fluvial). Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=zpkyb733tZc Acessado em: 27/03/2013